No azul do céu, esconde-se teu rosto.
Na pureza da criança que fala, esconde-se tua voz.
E no silêncio da noite que chega, da noite que cai, esconde-se tua alma, perdida na imensidão de uma noite que passa, de uma noite que vai...
E nesse sol, nesse céu azul e livre, esconde-se a ternura de tuas carícias que o vento embala...
E no luar cor de prata, no orvalho que cai da noite, cai também teus sonhos em minhas mãos...
E nas espumas das ondas que o mar trás para a praia, eu trago um brilho no olhar cada vez que te vejo...
No ar tranqüilo e ardente que vem de teu ser, me vem também o desejo de ser tua, que trago em mente...
Na luz dos teus olhos, eu vejo que em ti há um pouco do que sou. E vejo também que sem esse pouco não haveria essa luz nos teus olhos, que vejo agora.
Como se nesse ritmo de vida, eu te encontrasse, como te perco agora. Mas perdendo, eu te encontro. E te encontrando, eu encontro-me também...
Out/78
(Direitos autorais reservados)
É permitida a divulgação deste texto, mantendo o nome da autora.
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